Folha Online
Com a saída de Luiz Pagot anunciada nesta segunda-feira, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) funciona com apenas dois dos sete diretores. Pagot estava afastado do órgão desde o início da crise há 23 dias, quando solicitou férias.
Ex-diretor-geral da autarquia, ele foi pressionado pelo Palácio do Planalto a deixar o governo após as denúncias de superfaturamento e pagamento de propina.
Por causa da crise, a presidente Dilma Rousseff terá a chance de renovar a maioria do comando do Dnit que ocupava os postos desde o governo Lula --com indicações, principalmente, do PR.
As diretorias de Administração e Finanças e de Infraestrutura Aquaviária já estavam vagas antes das denúncias de corrupção. O diretor de Infraestrutura Rodoviária Hideraldo Caron também não resistiu e pediu demissão na sexta-feira --a saída não foi publicada no "Diário Oficial" da União.
O diretor-executivo José Henrique Sadok de Sá, que substituía Pagot, foi afastado quando se soube que sua mulher, Ana Paula Araújo, é dona da Construtora Araújo, que assinou contratos para obras por meio de convênios com o próprio Dnit.
A expectativa é que o ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes) discuta nos próximos dias a reestruturação do órgão com a presidente. Passos tem trabalhado em uma lista com nomes técnicos para substituir os dirigentes afastados do ministério e do Dnit.
A presidente ainda precisa definir o novo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, que era ocupada por Passos, e o novo presidente da Valec (estatal de obras ferroviárias).

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