Eduardo Lopes, suplente de Marcelo Crivella no Senado Foto: Agência Senado

É ele quem controla escolha de candidatos e estratégia política da Igreja no Rio



Eduardo Lopes, suplente de Marcelo Crivella no Senado Agência Senado
RIO - Do púlpito para o palanque. Vice-presidente do PRB no Rio de Janeiro, Eduardo Lopes comanda a área política da Igreja Universal do Reino de Deus no estado. É pelas mãos do primeiro-suplente do senador Marcelo Crivella que passam a escolha de candidatos da Universal no Rio e a estratégia política empregada em anos eleitorais. Lopes também opina na relação de candidatos em outros estados.
Bispo da Universal, Eduardo Lopes tem reduto político na capital, embora seu rebanho eleitoral tenha representantes em todos os municípios fluminenses onde a igreja possui filiais. Seu nome também é bem aceito em outras denominações evangélicas pentecostais. Lopes sucedeu na função de coordenador político da Universal no Rio ao todo-poderoso Vitor Paulo (PRB-RJ), eleito deputado federal em 2010, e que hoje coordena a política da Universal em nível nacional.
O novo senador faz parte do grupo político de Crivella - que chegou a sofrer restrições à sua candidatura à reeleição em 2010 por parte de líderes da Universal, que sugeriam o senador como puxador de legenda para a Câmara. Crivella teve o apoio de Lopes à reeleição.
Participação em programas de TV e visitas a templos

Ao assumir o cargo, Lopes deverá se licenciar das funções de bispo e será afastado da chamada “área espiritual da igreja” - uma das regras da Universal. O novo senador tem costume de visitar templos pelo Estado do Rio e participar de cultos. Com frequência, é citado em reportagens e coberturas de eventos religiosos em sites evangélicos ligados à Universal. Também chegou a fazer parte de programas de TV da igreja veiculados no horário da madrugada.

De estilo calmo, é considerado na Universal como um bom articulador político, mais maleável que Vitor Paulo, que comanda as estratégias eleitorais nacionais com mão de ferro. Este será o segundo mandato de Lopes. Em 2006, o primeiro-suplente de Crivella assumiu a vaga de deputado federal deixada por Alexandre Cardoso (PSB-RJ), convidado para ser secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio. Lopes, que era o primeiro-suplente de Cardoso, disputou a eleição pelo PSB. Na época, a Igreja Universal tinha como estratégia política distribuir seus candidatos por vários partidos. Hoje, a Igreja concentra seus indicados no PRB.
Nesta quarta-feira, Lopes afirmou que, ao assumir a cadeira no Senado, dará continuidade ao trabalho deixado por Crivella, com ênfase na defesa dos interesses do Rio em relação à partilha dos royalties do petróleo e aos novos critérios para o Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Fonte o globo pais

0 comentários:

Postar um comentário

 
Top