É ele quem controla escolha de candidatos e estratégia política da Igreja no Rio
Bispo da Universal, Eduardo Lopes tem reduto político na capital, embora seu rebanho eleitoral tenha representantes em todos os municípios fluminenses onde a igreja possui filiais. Seu nome também é bem aceito em outras denominações evangélicas pentecostais. Lopes sucedeu na função de coordenador político da Universal no Rio ao todo-poderoso Vitor Paulo (PRB-RJ), eleito deputado federal em 2010, e que hoje coordena a política da Universal em nível nacional.
O novo senador faz parte do grupo político de Crivella - que chegou a sofrer restrições à sua candidatura à reeleição em 2010 por parte de líderes da Universal, que sugeriam o senador como puxador de legenda para a Câmara. Crivella teve o apoio de Lopes à reeleição.
Participação em programas de TV e visitas a templos
Ao assumir o cargo, Lopes deverá se licenciar das funções de bispo e será afastado da chamada “área espiritual da igreja” - uma das regras da Universal. O novo senador tem costume de visitar templos pelo Estado do Rio e participar de cultos. Com frequência, é citado em reportagens e coberturas de eventos religiosos em sites evangélicos ligados à Universal. Também chegou a fazer parte de programas de TV da igreja veiculados no horário da madrugada.
De estilo calmo, é considerado na Universal como um bom articulador político, mais maleável que Vitor Paulo, que comanda as estratégias eleitorais nacionais com mão de ferro. Este será o segundo mandato de Lopes. Em 2006, o primeiro-suplente de Crivella assumiu a vaga de deputado federal deixada por Alexandre Cardoso (PSB-RJ), convidado para ser secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio. Lopes, que era o primeiro-suplente de Cardoso, disputou a eleição pelo PSB. Na época, a Igreja Universal tinha como estratégia política distribuir seus candidatos por vários partidos. Hoje, a Igreja concentra seus indicados no PRB.Nesta quarta-feira, Lopes afirmou que, ao assumir a cadeira no Senado, dará continuidade ao trabalho deixado por Crivella, com ênfase na defesa dos interesses do Rio em relação à partilha dos royalties do petróleo e aos novos critérios para o Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Fonte o globo pais
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