Polícia identifica mais três vítimas de estuprador em série do Paranoá

A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) recebeu, nesta quarta-feira (28) a confirmação de mais três vítimas de um estuprador em série, que já seria responsável por outros quatro crimes sexuais entre junho de 2010 e dezembro de 2011.
Milton Cordeiro de Sousa, 39 anos, mora no Paranoá, diz ser pedreiro e alega ser casado e ter dois filhos. Ele já foi condenado por dois estupros pegos em flagrante, sendo um deles contra uma adolescente de 14 anos em 2010, e é acusado de outros seis cujas vítimas já teriam sido identificadas. O homem estava preso desde 15 de dezembro e havia sido condenado a 13 anos e quatro meses de prisão.

De acordo com a delegada-chefe da DEAM, Ana Cristina Melo, além dos dois flagrantes, comparações de material genético teriam levado a outras três vítimas e duas estariam prestes a fazer o reconhecimento facial– uma delas já teria confirmado que Milton foi o autor do estupro-.

“Ele usava um Pálio prata para abordar as vítimas e puxá-las para dentro do carro ou para oferecer carona, e depois as estuprava. Todos os crimes aconteceram à luz do dia”, explicou a delegada Ana Cristina.

Segundo a polícia, o primeiro abuso sexual de Milton, em junho de 2010, foi contra a menina de 14 anos e teria sido cometido no quintal da casa da adolescente, no Paranoá. O suspeito teria alegado que a garota era sua namorada. Como réu primário, foi condenado a quatro anos e quatro meses de prisão, mas foi solto após apenas uma semana na cadeia devido a um relaxamento de pena. Desde então o homem, que agia no Paranoá e em Itapoã foi condenado por outro estupro e, nesta quarta, confirmado como o autor de outros quatro. Um caso ainda precisa ser concluído. Se condenado, Milton pode pegar de seis a 30 anos de prisão por cada delito.

A polícia pediu a divulgação do nome e foto do acusado para que outras eventuais vítimas possam reconhecer o homem e ir à polícia.

Tecnologia a favor da polícia

Um dos recursos utilizados para identificação de algumas vítimas e confirmação da autoria do crime é o banco de dados de vestígio de crimes sexuais, mantido pelo Instituto de Pesquisa de DNA Forense da Polícia Civil do DF. Trata-se de uma ferramenta, segundo o diretor do lugar, Samuel Ferreira, inédita no Brasil e, por enquanto, exclusividade da força policial da capital federal. “É um banco que já existe desde 1999. Já descobrimos, por exemplo, 49 estupradores em série que fizeram 143 vítimas. Trinta e sete desses criminosos já foram identificados.”

Para que o banco de dados possa ficar cada vez mais completo e também para facilitar a identificação de um possível estuprador por parte da polícia, a delegada Ana Cristina dá orientações a vítimas de estupro. “Sabemos que a pessoa fica envergonhada, mas assim que for vítima de estupro, recomendamos que vá imediatamente à delegacia e não tome banho ou troque as vestes, pois isso pode lavar vestígios importantes do crime.”


Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

0 comentários:

Postar um comentário

 
Top