Polícia Federal pediu ao Ministério Público e à Justiça o afastamento da chefe da Secretaria de Patrimônio da União no DF e ex-deputada distrital pelo PT, Lúcia Helena de Carvalho, por suspeita de participação em fraude na demarcação de um terreno em Vicente Pires, à margem da Estrutural.

A servidora e outras seis pessoas foram indiciadas por cinco crimes, entre fraude processual, formação de quadrilha e falsidade documental. O terreno que, segundo a investigação teve a demarcação fraudada, é avaliado em R$ 300 milhões.

O advogado de Lúcia Helena, Pedro Ivo Veloso, afirmou que a demarcação do terreno seguiu interpretações de escrituras e teve respaldo da Advocacia Geral da União (AGU). Ele disse ainda que ela não pretende deixar o cargo.

"A doutora Lúcia Helena tem absoluta confiança no trabalho técnico que foi realizado", disse Veloso. "O pedido de afastamento só demonstra o quão infundada e açodada foi essa investigação da PF."

Até a publicação desta reportagem, a AGU não havia comentado a afirmação do advogado de Lúcia Helena, de que o órgão teria respaldado a demarcação.
Conforme o inquérito, baseado em material apreendido em dezembro de 2012 na casa e no gabinete da chefe de Patrimônio da União no DF, uma área extra do terreno foi destinada a posseiros interessados na especulação imobiliária durante a demarcação do terreno.
A PF concluiu que o laudo de medição do terreno foi feito por engenheiros particulares, contratados por um grileiro que queria construir prédios no local.

A Polícia Federal deve encaminhar nesta segunda-feira (29) um pedido de investigação administrativa ao Ministério do Planejamento, pasta à qual a Secretaria do Patrimônio da União é ligada.

Veículos apreendidos em dezembro pela Polícia Federal
durante operação sobre demarcação irregular e fraude de
documentos no DF (Foto: Fabiano Costa/G1) Investigação

A Polícia Federal iniciou em dezembro passado a investigação do caso, após receber uma denúncia sobre a suposta irregularidade.
Na época, os agentes da PF cumpriram quatro mandados de busca e apreensão na casa de sete servidores públicos e na unidade regional da Secretaria de Patrimônio da União no Distrito Federal (SPU-DF).
Quatro veículos de propriedade dos suspeitos foram apreendidos e levados para o pátio da superintendência da PF no Distrito Federal. Um dos automóveis confiscados tinha um adesivo da SPU colado no parabrisas.
O órgão chegou a solicitar a prisão temporária de um dos suspeitos, mas a Justiça negou o pedido.

Fonte: Quid Novi

0 comentários:

Postar um comentário

 
Top