A confusão aconteceu na manhã de ontem, durante visita de comitiva de parlamentares da Comissão da Verdade à antiga sede do DOI-Codi, onde hoje funciona o 1º Batalhão de Polícia do Exército, na zona norte do Rio de Janeiro

TÂNIA RÊGO/ABR
Randolfe tentou impedir entrada de Bolsonaro na unidade militar

A troca de empurrões entre o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) deve render uma ação do partido do senador contra o parlamentar do PP no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em nota divulgada na tarde de ontem, o Psol anunciou que vai representar Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar após agressão física contra Randolfe.

O incidente aconteceu na manhã de ontem, durante visita de comitiva de parlamentares da Comissão da Verdade à antiga sede do DOI-Codi, onde hoje funciona o 1º Batalhão de Polícia do Exército, na zona norte do Rio de Janeiro. O tumulto aconteceu no portão de entrada do prédio, com direito a gritos e empurrões entre Bolsonaro, Randolfe e o senador João Capiberibe (PSB-AP).

Segundo a nota do Psol, Bolsonaro teria dado um soco no estômago de Randolfe. Com a agressão, o líder do partido na Câmara, Ivan Valente (SP), anunciou que dará entrada a uma representação contra o deputado do PP. “Ele usou de violência contra um senador. O Bolsonaro, mais uma vez, extrapola todos os limites”, afirmou Valente. Já o pepista alegou que houve apenas “uma troca de elogios seguida de empurra-empurra”.

Rodrigues disse que vai solicitar imagens da agressão feitas pela imprensa e avaliar se cabe uma representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Bolsonaro. O tumulto ocorreu por volta das 10h30, quando os parlamentares federais e representantes das comissões da Verdade nacional e estadual chegaram ao local. “A única intenção dele (Bolsonaro) era tumultuar e impedir a nossa visita. Eu e o senador (João) Capiberibe colocamos o braço no portão do quartel, para tentar impedi-lo de entrar. E ele me deu alguns socos por baixo, que pegaram na minha barriga. Bolsonaro faz parte de um Brasil que vamos virar a página. E não se pode virar uma página que não foi lida. Aqui, com essa visita, começamos a verdadeira reconciliação nacional”, afirmou Rodrigues.

Vagabundo Bolsonaro, por sua vez, negou que tenha agredido os senadores. “Não dei soco em ninguém. O senador Capiberibe colocou a mão no portão para eu não entrar. Randolfe (Rodrigues) se meteu no meio e me chamou de vagabundo. Houve, então, uma troca de elogios e empurrões. Só isso. Mas mesmo assim eles não conseguiram me impedir de entrar no quartel. Essa é a democracia deles: de uma opinião só”, rebateu o deputado. (das agências)

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